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O Boticário cria guerra de opiniões em campanha com casais gays

  • (Fernando Scheller, Marília Neustein)
  • 2 de jun. de 2015
  • 3 min de leitura

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Comercial com casais gays causou debate nas redes sociais, no ‘Reclame Aqui’ e chegou ao Conar

A campanha de Dia dos Namorados da maior rede de varejo de perfumes e cosméticos do País está causando uma guerra de opiniões na internet. Depois de estrear, há quase dez dias, no intervalo do Fantástico, e de ser exibida em rede nacional durante toda a semana passada, a propaganda virou alvo de debates nas redes sociais, como Twitter e Facebook nos últimos dias. Tanto barulho rendeu a abertura de um processo no Conar, órgão de autorregulamentação publicitária.


Segundo empresa, prazer de presentear no Dia dos Namorados transcende orientação sexual.


A polêmica do filme Casais, criado pela AlmapBBDO, aumentou o interesse do público pela campanha. Ontem, no YouTube, o vídeo contabilizava quase 1,15 milhão de visualizações. Na segunda-feira, nas avaliações sobre o conteúdo do site de vídeos do Google, a turma dos insatisfeitos estava em vantagem, após uma campanha na web incentivar as pessoas a apertarem o botão “não gostei” do YouTube. Ontem, a situação havia se invertido: pouco depois das 19h, havia 188 mil “gostei” para 153 mil “não gostei” nas avaliações do vídeo.


A discussão saiu das redes sociais e foi parar também no site de consumo Reclame Aqui. Uma consumidora de Curitiba reprovou a propaganda em post publicado na terça-feira da semana passada. Em mensagem publicada na segunda-feira, outra consumidora achou o filme muito tímido. “Espero que da próxima vez tenha mais beijos na boca”, escreveu.


Em resposta, a marca de perfumes escreveu que “a proposta da campanha Casais (…) é abordar, com respeito e sensibilidade, a ressonância atual sobre as mais diferentes formas de amor – independentemente de idade, raça, gênero ou orientação sexual – representadas pelo prazer em presentear a pessoa amada no Dia dos Namorados”. Em relação ao Conar, declara que ainda não foi notificada e que a campanha continuará no ar. Um grupo de 20 pessoas apresentou reclamação ao órgão.


Diante da polêmica, no entanto, o Grupo Boticário já está tentando medir o efeito do filme em sua imagem. No fim da tarde de ontem, a empresa colocou no ar uma pesquisa online com questões sobre sua campanha de Dia dos Namorados.


Enquanto alguns grupos na internet tentaram ensaiar um boicote à marca, outros disseram que iriam às lojas para presentear com os produtos O Boticário. “A polêmica chama a atenção, mas ainda é cedo para saber o resultado comercial do filme”, disse uma fonte ligada à rede de perfumarias. Segundo o Estado apurou, tanto a AlmapBBDO quanto O Boticário estavam conscientes das eventuais reações negativas que o vídeo poderia causar.


Ao decidir se juntar à lista das empresas que incluem relações homossexuais em suas propagandas, O Boticário se une a marcas como o bombom Sonho de Valsa, que incluiu um casal de lésbicas em um filme sobre beijos, e a Gol, que mostrou um casal gay em sua campanha de Dia das Mães. Lá fora, Google, Facebook, Coca-Cola, Starbucks e Disney estão entre as empresas que assinaram petições a favor do casamento gay.


Segundo fontes do mercado publicitário, a diferença do filme de O Boticário em relação aos de outras marcas brasileiras que já abordaram o tema está na força da veiculação – trata-se de uma campanha exibida em rede nacional na TV, nos horários de maior audiência. “Acho que a campanha é abrangente. Quer falar sobre todas as formas de amor, enaltecer que todo o tipo de amor é possível”, diz uma fonte envolvida na produção do comercial. “Hoje, há um medo enorme, a propaganda ficou muito careta e politicamente correta. E O Boticário tomou uma posição”, diz a fonte.

‘Patrulha’. Para o publicitário Washington Olivetto, da agência WMcCann, “tudo o que existe na vida real deve ser retratado na publicidade”. “Acho que se trata de um trabalho bem cuidado e que toma uma postura. Mas hoje, com o politicamente correto, é quase impossível fazer nada sem ser alvo de reclamação”, diz Olivetto. “A facilidade de manifestação e a covardia do anonimato na internet acabam criando uma guerra em relação a temas que poderiam ser vistos como normais ou serem discutidos com cuidado.”


 
 
 

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