POLÍCIA INVESTIGA A MORTE DE PELO MENOS 60 CÃES NA CIDADE DE BOM JESUS
- Nosley Machado
- 25 de nov. de 2014
- 2 min de leitura
Cadela Lara, que morreu envenenada em Bom Jesus (RS)
Fonte: UOL, Porto Alegre
A Polícia Civil de Bom Jesus, já possui suspeitos pela chacina de cães que teve início na semana passada. Pelo menos 60 cachorros e alguns gatos apareceram mortos na manhã de quinta-feira (20). Além de animais de rua, bichos de estimação morreram envenenados dentro dos pátios das casas.
Os moradores da pequena cidade estão chocados. A polícia instaurou um inquérito e, baseada em imagens de câmeras de vigilância, encontrou quatro veículos suspeitos, entre eles uma moto. Mas o que se tem até o momento é que o envenenamento foi uma ação orquestrada que espalhou iscas com veneno não só no centro, mas em bairros periféricos. Entretanto, as autoridades evitam dar detalhes.
"Perdi uma cadela labrador de cinco anos e meio. Quando levantei na quinta [20] pela manhã, fui até o pátio e a Lara veio até mim, cambaleando, babando, tendo convulsões", lembra o advogado Rafael Santos Oliveira. "Aqui na cidade não tem clínica especializada. Então saímos correndo para Vacaria. A Lara chegou a ser internada, mas não resistiu."
Pai de um menino de quatro anos, Santos conta que um dos principais desafios têm sido explicar ao filho porque o cão de estimação se foi. "Vi muitas crianças chorando nesses dois dias. É lamentável. Meu filho falou: 'Papai, é verdade que a Lara morreu?'".
A mortandade de cães em Bom Jesus não é novidade. Todos os anos há casos de cães envenenados. "Infelizmente é uma prática antiga. Estou há seis anos na cidade e sempre cobramos uma providência sobre isso. É algo que já se tornou comum. Todo ano tem casos de envenenamento. Mas agora foram muitos animais de uma vez só", lamenta o radialista Celso Oliveira.
Domingo, cerca de 200 pessoas fizeram uma passeata pelas ruas centrais da cidade pedindo justiça. A autoridade policial demonstra estar se empenhando no caso, que vem ganhando as manchetes além da região.
"É um absurdo ter que conviver com uma situação dessas. Se fazem isso com animais indefesos, podem fazer o mesmo, até matar, com qualquer pessoa se for do interesse deles", diz Santos.
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